aMULHERnaPRAÇA

Categoria: Família

: ) a contar os dias

: D

“Mas para o que me havia de dar!…”

Snobeira arraçada de Pulga

Acreditam que este Homem tem o descaramento de achar que eu gosto de humor tipo-malucos-do-riso e insiste nele até nos piores momentos… E não é que rio à gargalhada, com a Coragem do dito descaramento… Ele tem muita graça, essa é que é essa

: )

Comovo-me sempre quando recebo cartas dela. Reconheço-lhe as mãos que adoro de bebé-meu, no correr das palavras desenhadas, como só ela as sabe fazer. Gosto da palavra Mãe escrita, dirigida a mim : ) que Sorte : )

O Estilo, já se sabe, nasce-se com ele e como resultado de filha com estilo, mãe “Hortelã” em grande estilo  : ) e armada até aos dentes.

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sono de inverno-poster“A palavra que melhor define aquilo de que o espectador se deve munir ao entrar para Sono de Inverno é “paciência”. O que é suficiente para assustar o mais incauto, mas não deve ser tomado como negativo: o espectador precisa de paciência porque o filme de Nuri Bilge Ceylan é como os medicamentos de acção lenta, que levam tempo até produzirem o efeito desejado.

No caso de Sono de Inverno, é preciso tempo para nos envolvermos nos pequenos dramas quotidianos num canto remoto da Turquia e começarmos a desatar os nós passivos-agressivos que o novo filme do realizador turco, premiado com a Palma de Ouro em Cannes 2014 e inspirado livremente em contos de Anton Tchekov, nos apresenta.

É preciso tempo para perceber a dimensão do que se passa neste Hotel Othello, escavado nas montanhas da Anatólia, durante um inverno rigoroso com poucos turistas. O tempo é a chave de Sono de Inverno como já o fora do anterior Era uma Vez na Anatólia (2011, também inspirado por Tchekov) – o tempo que decorreu antes de entrarmos na sua história, o tempo que se encarregou de destruir os sonhos das suas personagens, que se deixaram aprisionar como em âmbar e se debatem em desespero sem saber como lhe escapar. À superfície, o filme é a história de um casamento a dar as últimas, entre um actor reformado que gere o hotel e as propriedades familiares e a sua esposa mais jovem que se entretém com obras de caridade. Mas é também sobre o mal-estar da irmã do actor, que se ressente do papel secundário a que o destino a condenou; sobre um dos inquilinos do actor, cujo orgulho o impede de aceitar a generosidade sem segundas intenções; e sobre o actor que continua a ver o mundo como um palco e acredita genuinamente que basta parecer para esconder o que se é. E é, também, sobre o abismo que progressivamente se alarga entre ricos e pobres, crentes e ateus, citadinos e rurais, intelectuais e trabalhadores. Sobre a Turquia moderna na encruzilhada polarizadora a que Recep Tayyip Erdogan a levou, mas que é também um espelho da polarização social que alastra um pouco por todo o mundo.

Parece muito? Parece certamente ambicioso. Talvez em demasia – afinal, Nuri Bilge Ceylan faz hoje parte de uma certa elite do cinema de autor global, que dramatiza as crises existenciais dos nossos dias de modo algo sisudo, e que parece pregar aos convertidos de uma posição de conforto. Mas isso não leva em conta o rigor quase maníaco com que Ceylan estrutura metodicamente tudo o que aqui se passa, com a precisão de relojoeiro com que dispõe as peças, com a atenção que empresta a cada um dos seus actores, com o modo como torna o cenário, fotografado por Gökhan Tiryaki com uma beleza de cortar a respiração, em personagem a tempo inteiro da sua história. A paciência com que entramos em Sono de Inverno será sobejamente recompensada pelo fim de mais de três horas de projecção que passam a voar – porque as passámos com gente de carne e osso que, se calhar, até reconhecemos do mundo à nossa volta.”

Jorge Mourinha, publico.pt/

as Meias

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cá em casa, tanto podem ser dele como dela, dos rapazes e amigos, das raparigas e amigas, da mãe dos rapazes ou do padrasto. E eu em vez de enlouquecer, divirto-me a calçar meias novas.

II – A SACERDOTISA OU A PAPISA

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“Reflexão e ponderação: o melhor caminho

A Sacerdotisa, arcano II do Tarot, emerge como carta de aconselhamento para este momento de sua vida. A recomendação aqui é simples, direta e clara: quietude, contemplação, espera. A planta não brota mais rápido por conta do nosso bel prazer e sim por conta de suas reais e naturais necessidades. Não tente precipitar o que demanda tempo, saiba esperar o tempo certo. Procure se voltar para dentro de si e buscar em seu próprio interior as respostas de que tanto necessita. Forçar os acontecimentos externos agora pode ser frustrante, pois o momento envolve a necessidade de introspecção reflexiva.

Conselho: Volte-se mais para dentro de si. O momento não é para ações exteriores.” Daqui

Pois, parece-me bem.

TAO : )

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FIM DA DISSONÂNCIA * FIM DAQUELA LINHA * UM MÊS DE OUTRA

 

Um mês sem comer carne, um mês em que não me fez falta, até porque posso come-la, está por todo o lado à minha volta… Mas não quero.

Há anos quase-vegetariana. Nos últimos um retrocesso. Para agora perder o quase…

Quem sabe no dia de anos me atiro a um prato de picanha, porque posso. Ou talvez não, porque não quero e por isso não me apetece.

Um mês a multiplicar aos números dos factos, a minha poupança.

Um mês de proactividade em defesa do que é o futuro dos meus filhos e quem sabe netos. Sou mãe, como podia eu ignorar…

OS NÚMEROS (texto pesquizado na net):

“Fiquei completamente transtornada com as informações que transmite.
Resumindo: a maior causa da poluição mundial é a criação de gado para consumo humano. Mas em números impressionantes, que nos deixam de boca aberta.
Todos os que têm preocupações ecológicas e que habitualmente separam e reciclam os lixos, apagam as luzes, fecham as torneiras, tomam duches rápidos em vez de banhos de imersão, tentam reduzir a sua pegada ecológica, devem ver e pensar sobre estes factos: um simples hamburguer precisa de 2.500 litros de água para ser produzido!
A poluição resultante da criação de gado é muitíssimo superior à poluição causada por toda a industria dos transportes (ou seja, por todos os carros, aviões e barcos do mundo). A produção de gado é responsável pelo consumo de 80% da água potável a nível mundial.
Se toda a comida (produtos de origem vegetal) consumida anualmente pelas vacas fosse consumida por humanos, acabava a fome no mundo.
A floresta tropical está a ser destruída à razão de um hectare por segundo (um campo de futebol por segundo) para criar pastos para gado. A criação de gado é responsável por 91% da destruição da selva amazónica, o pulmão do planeta.
Os números falam por si:
Para produzir um litro de leite são precisos mil litros de água – o equivalente a dois meses de duches.
Para produzir meio kg de bifes são precisos 9500 litros de água.
Nos EUA 5% do consumo de água corresponde ao consumo doméstico, 55% corresponde ao consumo para produção animal.
Da produção animal, só nos EUA, resultam 3.500 milhões de kg de excrementos por minuto.
O gás metano e outros gases poluentes libertados por estes excrementos são responsáveis por 51% do efeito de estufa.
A criação de gado ocupa 45% de toda a área da terra.
A criação de gado é a principal responsável por extinção de espécies animais, zonas mortas dos mares e alteração de habitats.
Por cada kg de peixe que se pesca e serve para consumo humano, 5 kg de peixes e outras espécies marinhas que não se comem são apanhados nas redes de pesca e mortos.
Todos os anos cerca de 650.000 baleias, golfinhos e focas são mortos por barcos de pesca.
Enfim, é um quadro muito negro.
E o mais grave é que as organizações ambientais parecem estar a assobiar para o ar, relativamente a esta tragédia. Até se recusam a falar sobre o assunto.”

Sou mãe, como podia eu ignorar…

 

Horta

Não gosto do Stº António com o menino ao colo

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Hoje o dia acordou cinzento, um dia-raios-o-parta como chamo eu normalmente a estes dias e ao sentimento que normalmente os acompanha.

Saí à rua e olhei em frente para o “meu” Mercado moribundo. Embora já lá não esteja durante a semana, deixei lá o meu coração para sempre até ao seu ultimo suspiro. Reparei nas crianças, pequeninas, dois, três anos, acompanhadas por três adultos, duas mulheres e um homem. São da creche da misericórdia que existe aqui ao lado. Paro sempre para me encantar, sempre que as vejo passar.

Nisto vejo o homem dar um passo em frente e “rosnar” a um menino. Agarrou-o por um braço e gritou-lhe uma ordem autoritária enquanto o sacudiu com violência e o levantou no ar . – Não fazes o que eu te digo?!

Não precisou de dizer mais nada. O gesto violento com que o sacudiu e o agarrou chegou… As mulheres assistiram caladas e ensaiaram uma “brincadeirazinha” com as outras crianças. – Quem vem a correr atrás de mim? E foram todos, aos saltinhos, quais patinhos.

Continuei a olhar o homem e o menino que nunca mais largou. Tal como não me largou o sentimento de estar a assistir a algo profundamente errado. Eu, com dois três anos, teria chorado se me tratassem assim… Atravessei a rua, subi a rampa de acesso ao Mercado, o “meu” Mercado. Aproximei-me das crianças e deixei-me notar pelos adultos que repararam em mim. Havia desconforto sim, meu mas também deles… Observo o menino naquela mão bruta, de olhar parado, demasiado parado para uma criança tão pequena. Ouço então uma voz esganiçada – Meus amores, vamos embora…, diz o homem. Ele sabe que o observo. Uma onda de asco de revolta, enche-me o peito e dou comigo a aproximar-me da criança, presa na mão do bruto, e a dizer-lhe nos olhos que é um menino muito lindo. Não sei se ainda tem olhos para perceber o alcance da coisa… Mas os adultos não reagem com a estranheza esperada ao avanço de “uma louca”, continuam a andar como se eu não existisse, elas cada vez mais a denotar desconforto e ele absurdamente calado. De instinto aos gritos, com o errado de tudo aquilo, do desconforto dos adultos e do olhar da criança sem vida, espetei o dedo no ar e gritei-lhes o que me ia na alma. – Atenção!… Não gostei do que vi, ouviram?!! – Há qualquer coisa de muito errado aqui! – Estou de olho, estão a ouvir?!!

As mulheres baixaram os olhos, dos meus. O homem nem sequer reagiu. Nem sequer questionou…

Entro no Mercado a tremer de medo de mim e do Mundo e “peço-colo” a quem nos dois últimos dois anos e meio me adoptou como família. Desabafo a aflição que nem sei explicar e que para elas “é a vida, temos que cá andar…”. – Sabes… Esse aí não engana ninguém. Está no lugar de um outro que está preso porque descobriram que fazia “coisas” às crianças até que uma mãe fez queixa dele. – É a vida… Temos que cá andar.

: (

Não gosto do Stº António com o menino ao colo. É preconceito? Até poderá ser, mas não gosto.

Cartas de Amor

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Anos de sufocos, de sustos, de medos, de pasmos, de responsabilidades. Com o passar do tempo fiquei com medo da caixa do correio… Contas maiores do que eu, minhas e dos outros…, avisos, notificações. Houve alturas em que o pânico do correio era tanto que combinei com uma amiga trocar medos… Ela abria-me a caixa e eu ouvia-lhe as msg de voz… As raparigas são assim… :)

Aos poucos, devagarinho, aprendi a lidar com o-meu-pseudo-martírio, ainda que quando estão lá muitas cartas cerre os olhos como se estivesse à espera do susto num filme de terror…

Diariamente olho-a de lado, tento perceber se já está a transbordar de publicidade e se o carteiro ainda consegue pôr lá alguma coisa. Volta não volta, em dias de coragem em alta, normalmente em fim-de-semana, atiro-me a ela e dou-lhe um ar de normalidade.

Ontem, bem… Ontem à noite, por sugestão, fui ver o correio e por cada três cartas, das que não gosto e molhos de publicidade para a reciclagem, estava uma de amor :) Postais e envelopes, desenhos, suspiros e promessas também de coragem…

Quando o Amor nos lambe as feridas uma a uma, é muito bom :)

Mulheres-da-minha-vida no País das Maravilhas

Papoilas(2010)

Caí no buraco, de repente estava ali. O calor, intenso, parado, do Alentejo. Fui de manhã, com a mãe-amiga, as duas cúmplices e contentes, juntas.

Uma casa, um telheiro, mesas, alguidares, homens e mulheres, carne de dois porcos, alimento para todos, os que ali foram ajudar, até ao ano que vem. Estranham-me apenas no segundo antes do meu primeiro sorriso, para logo em seguida ficarem contentes por mais dois braços. Para eles é assim simples.

Fico encarregada de tomar conta do fogão que vai cozinhando petiscos e preparando o almoço. Embalo carnes e banhas, congelo em doses, misturei temperos. Ninguém questionou nunca se eu o saberia ou poderia fazer, tenho dois braços…

Quase todos mais velhos, eles e elas, marcados, desdentados, leves… Debaixo do telheiro corre uma aragem morna a contrariar o calor de verão avulso. Os homens afiam as facas e separam, limpam, cortam, migam. Um cachorro chamado Andreia Joaquina da Silva, uma cadela velha a Maravilha. Contam-me que nem sempre foi assim, homens junto das mulheres a fazer aquele trabalho. A eles cabia-lhes matar o bicho. Mas que agora já é diferente. Encho pela primeira vez os pulmões de ar, suspiro fundo. Sinto-me bem ali, só eu, acompanhada, segura… A mesa grande da cozinha começa a compor-se. O panelão de sopa farta borbulha. As primeiras carnes derretem na gordura fresca, os temperos, o cheiro dos coentros, alhos e pimentão.

Uma senhora de cabelo branco, vestida de preto, vai lavando a loiça. Faz também pacientemente uma salada de frutas, mais outra de alface e tomate da horta, perfeitas. Corta-se o pão fresco e denso.

Todos à mesa, já de tarde, desta vez o impulso enraízado foi maior e os homens sentaram-se todos juntos de um lado e as mulheres do outro. O calor agora lá fora está no máximo, o cachorro gane porque ficou sozinho, e a D. Arlete, senhora da casa, – coitadinha da Andreia Carolina da Silva… não quer ficar sozinha! Um homem levanta-se e vai abrir a porta à cria, que sossega debaixo da mesa e dos nossos pés.

Lição de vida, falou-se e ouvi falar de tudo, da natureza, das plantas e doenças e dificuldades deste ano. Trocam-se sabedorias e relaxa-se com a sopa a abarrotar no prato. Os impostos, a horta, os políticos, a agricultura, Cuba, o casamento do Lobo Antunes, as febras os torresmos fininhos, azeitonas, a enorme e maravilhosa salada, batatinhas. Vinho tinto, claro, a senhora de preto bebe Coca-Cola zero, porque está a tomar medicamentos. – A Coca-Cola deve ter qualquer coisa, que até limpa uma moeda. Sabes Joaninha, aqui podem faltar muitas coisas mas ninguém passa fome, dá para todos. Só não há para quem não quiser trabalhar! …Acho que consegui ainda assim sorrir, ainda que com o olhar desfocado de quem assistia à explicação mais certa e simples, de toda a minha vida.

Ainda fomos à horta, onde estivemos as duas, em silêncio, sentadas no chão ao sol, a apanhar ervilhas e favas no meio de um mar de flores, tantas papoilas. Suspirei fundo outra vez.

Regressámos em conversa, com tempo e intimidade e as emoções demasiadas. As lágrimas caíam agora no silêncio, pus os óculos escuros e chorei o tempo que durou o pôr-do-sol.

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Amor

Pais, filhos, amores-do-coração

a Vida

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Explore the Possibilities. Create a Spark. Inspire Change. Transform Lives.

♥ 30 anos a Par e Passo ♥

eumaria♥♥♥

Vénia

“Mas é no antagonismo que eu cresço”

*O importante é ser feliz*

“Ter Razão

Albert Camus dizia, “a necessidade de ter razão marca uma inteligência grosseira”.

Não descobri exactamente o contexto em que o afirmou (e gostava pois parece relevante), no entanto foi uma frase que há anos me marcou. Porque reflecte uma ideia muito pessoal, que tenho há bastante tempo: importante é ser feliz, não provar que tenho razão.

Se provar que se tem razão é bastante concreto (basta fazer uma lista das vezes que se impõe a outros a nossa opinião divergente),  o outro é abstracto: o que é ser feliz? para mim ser feliz é sentir-me bem. E só me sentirei bem se isso também acontecer àqueles que amo.

Para me sentir bem, muitas vezes é necessário lutar pelas minhas vontades. Lutar com inteligência, percebendo que importante é o objectivo final, e não a alimentação do meu ego durante as fases intermédias, tipicamente de confronto. Tenho reparado que é comum pessoas atirarem-se ao embate violento e à retórica  com unhas e dentes, e, entretanto, como a necessidade de ter razão se tornou o objectivo, utilizam quaisquer meios ao seu alcance para o atingir. No final, cumprem o seu objectivo: provaram ter razão, mas falham a longo prazo, porque destruíram à sua volta e, aos poucos, mais e mais se afastam decidindo que não vale a pena, ou então entrando numa guerra pela razão, da qual ninguém sairá vencedor. Continuo a assistir a estes comportamentos pessoais vezes sem conta, e continuo a verificar que criam muito sofrimento e afastamentos irreversíveis à sua volta. Naqueles que desta forma se comportam noto uma espécie de bolha à sua volta, criada pela sensação de razão e de felicidade simples nele e naqueles que com ele partilharam a “guerra”. Felicidade fácil, em geral efémera, e destrutiva em muitos de quem se gosta. Frequentemente agarram-se a novas oportunidades, pensando que tudo será diferente, mas, a longo prazo, quando algo correr mal, não saberão comportar-se de outra forma.

O confronto é absolutamente necessário, mas nas alturas certas, usado como táctica e não como estratégia, levando em conta o objectivo final: ser feliz. O conceito de “altura certa” varia, em grau e oportunidade, sendo talvez aqui que se nota a diferença entre os que se aproximam mais de um ou outro comportamento. O confronto violento é, na minha opinião, como a utilização das armas de fogo: quando se empunhar é para usar e com consequências. O que significa que, quando se percebe que é hora de parar, depois de ponderar, decide-se e segue-se em frente tentando que a reacção seja tal, que é imparável e consequente.

E todos estes argumentos porque vejo à minha volta pessoas afastarem-se de quem a eles está ligado por laços definitivos em nome da vontade de ter razão. Deixa-me triste porque é tão mais comum do que o contrário. Deixa-me triste porque é estúpido, sem sentido. Deixa-me triste porque gosto deles!”.

Sérgio Ferreira

Nota: Eu quanto a armas, esqueçam lá isso. Para mim, de um modo absoluto, não deviam ter sido nem sonhadas nem inventadas, muito menos comercializadas e usadas.

Vénia

“Eu, pessoalmente, também acho que é impossível e que esta coisa de ganharmos direitos não nos ilibou dos deveres: acumulámos tudo. O que é desumano, ridículo e injusto. Diria mesmo: revoltante.
É uma questão de opção, é.
Convém é lembrar que nós (mulheres/mães) não podemos fazer o pleno mas ninguém pode! Os homens/pais, também não. E se é uma questão que se nos coloca, também se lhes coloca a eles. Parece é que há muito tempo (regra geral e com as devidas excepções, que também conheço) que a resposta já estava dada, por defeito!
A escolha, sendo uma escolha, deve ser explícita, para que não haja equívocos nem falsas expectativas. E deve permitir que o outro (outra) faça uma escolha, consciente, também.
Ou então, definitivamente, que se partilhem as falhas. Nos dois campos: família e trabalho.”

Daqui: http://30epicos40etal.wordpress.com/2014/07/04/tempo-de-qualidade-my-ass/

Vénia

Quero o divórcio

Ainda sobre se um dia mudo de vida, fiquei a pensar no texto da Ana e nessa coisa do capricho. Quando aos meus 14 anos decidi que queria brincar com letras e espaços, isso poderia ser considerado um capricho. Nem sei se não terá sido para alguém próximo. “Mas então a miúda vai estudar para fazer desenhos?”. Ainda hoje o puto cá de casa, e porque é muito jovem para perceber o que eu faço na vida concretamente, acha que eu passo o dia a fazer desenhos. A minha avó, não sabe o que eu faço, para ela é uma incógnita. “Mas então se tu não escreves, não fazes as fotografias, que fazes tu no jornal?”. Um capricho, avó e chama-se design.

 

Portanto dizia eu, em tempos, há x anos atrás {não vamos considerar a minha idade}, cumpri um capricho: brincar com letras e espaços. Correu bem meus amigos, isto para os mais cépticos. Correu bem na medida em que nunca fui desempregada – felizmente! – consegui até, a dada altura da minha vida trabalhar por conta própria e posso com orgulho dizer que foi a altura em que melhor fui paga. E muito trabalho eu tive.

 

Este capricho permitiu-se fazer logos de empresas ditas a sério, trabalhar em 3 jornais, 1 dos quais tive a felicidade de fundar e fazer parte de todo o projecto inicial, livros com fartura – e poder lê-los em primeira mão -, cartazes de concertos, de todo o tipo de espectáculos, flyers de botecos em Santos até chegar aos que servem de informação útil para feiras de vinho, muitos convites de casamentos e todos os detalhes necessários para noivos felizes, capa de discos que são obras primas, rótulos de vinho e tanto mais que já não lembro. Foi um belo capricho o meu.

 

Porque raio é que agora, a caminho dos 40 – vá, ainda com uns quantos quilómetros para percorrer – acho, atrevo-me a pensar, que ensinar yoga ou pilates, cozinhar por amor, ter um hostel onde preparo o pequeno-almoço e dedico tempo ao pormenor que vou deixar em cima da almofada, pode em algum momento ser considerado capricho? Só, pelo simples pormenor, de me poder fazer feliz e dar dinheiro?

 

O meu capricho de há x anos atrás deu felicidade e deu-me dinheiro, imagine-se. Mas a vida mudou, o dinheiro de agora nem chega quase para me deslocar ao trabalho, o trabalho – esse – deixou de ser prazer. “Ah e tal mas tens emprego contra n desempregados neste país” – é certo, mas o mal está no meu dito emprego ou na taxa de desemprego?

 

Não é um capricho, nada disto é um capricho. Querer ser feliz – acomodando as exigências e dureza da vida, pois claro – não é um capricho. É querer ser feliz. E porra, se eu não tenho direito a isso.

 

O problema está no salto. Está na mudança. É quase como se de um divórcio se tratasse. Nunca passei por um, mas passei por uma separação e sei bem o que implica essa mudança: prática e emocional, ainda que possa ser o desejo. Pois bem, com os dados todos na mesa posso de forma segura afirmar que quero divorciar-me da minha profissão e deste emprego.
Quero o divórcio. É isso.”

Daqui: http://avidamadrasta.blogspot.pt/2014/07/quero-o-divorcio.html

*a princesa e a ervilha*

Noite de pesadelos, mortes, cenas macabras, filhas pequenas e perdidas… Eu sem perceber que era sonho, coisa rara e o corpo estranhamente todo dorido ao acordar…

O P. virou ontem o colchão… – É o lado de Verão. – disse ele.

Todo aos “granhotos”… Se esta noite se repetir a dose, voltamos para o Inverno.

 

♥ Liberdade ♥

Em tempo de adolescentes, andam violas espalhadas pela casa e eu decidi que até ao verão, vou aprender uns acordes, com aulas que encontro no youtube. Alguma teoria já está e agora é começar a treinar, treinar, automatizar os gestos, em acordes simples. Depois, quero aprender a tocar duas músicas, já tinha decidido só não sabia quais.

“Straight From The Heart”

* Vivo cá porque me fazia falta o mar… *

Much Better Now from Salon Alpin on Vimeo.

Encontros no Mercado : )
Às vezes, ser um bocadinho descarada, pensar e falar depressa, ainda que tenha que ser devagar para nos entenderem e ver ligações entre “alhos e bugálhos”, ajuda e é bom : )

Comprou ovos e ofereci-lhe louro.

4 minutos em que fiquei a saber:

– austríaco

– designer

– a morar e trabalhar em Lisboa, – Vivo cá porque me fazia falta o mar… : ) (achei que devia fazer surf… agora já sei que faz)

Stefan Sagmeister ? Conhece? Austríaco… (Sabia que tinha de conhecer…) Pois, a filha… : )

– tr0ca de papelinhos, o meu veio com dois links : ) Da empresa e deste filme : )

much better now

 

 

IMG_329620 anos de amor : )

Amor

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Três da tarde, eu na “minha rua” a pisar a relva, ao sol (finalmente!), debaixo das árvores e dos pássaros. Morno, sem vento, quente. Toca o tel. : )

– estou na pista sózinho, os rapazes foram dar uma volta por outro lado. Vou dar-te a mão e vamos descer os dois, não desligues : )

– sim! : )

– Cá vamos! Ouves o gelo? Está sol, está tudo branco e lindo. Wow, vamos depressa, ou que é que pensas?

Eu a rir, sózinha com os pássaros, ao sol com ele de mão dada, tanta neve!

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em “modo de rapazes” : )

meu amor : )

sou * Minhoqueira *

Untitlede Gaspar : )

Ser ou Parecer

dia-mau

Não sei o que é que prefiro. Se a “facilidade” da simpatia pouco sincera ou se a agressividade de quem não consegue disfarçar,  o próprio mal estar : (

♥ ♥

fotografia 3♥ ♥

Hoje foi daqueles dias em que tinha gostado de hibernar, nos teus braços.

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(prefiro as meias dele)

De volta a Casa : )

*

yinYang

Eu * Tu * Nós * Tudo * Certo

Cada Um * Nós Todos * Tudo Certo

Bom Ano!

2014

7

2014*

416520__windows-7-nature-9-hd_pAssertividade… Depois da resiliência… Dizes tu meu amigo e bem :) Pensar que para mim é tudo o mesmo… :) Equilíbrio, Liberdade e como consequência Amor.

Liberdade: Poder e saber Ser o que se vai aprendendo de Sí em cada momento da Vida. Sem rede, sem fronteiras, sem pressupostos, sem necessidade de fugir, iludir, fantasiar, acreditar. Sem necessidade de procurar consolo, reconhecimento, mérito, companhia, movimento que alegre, que traga dormência que esconda o que não se sabe viver no Ser. Nascemos livres, de medos, de equívocos, de preconceitos, de enganos. Nascemos a precisar de pouco, ainda que essencial, porque já temos Tudo. Depois, logo cedo, deixamo-nos arrancar para a vida dos outros, preenchemos-lhes os vazios enquanto no desencontro construímos o nosso e nos perdemos.

Termino o ano a precisar de salvar, urgentemente, o sentido, os sentidos do que tenho o privilégio de saber Viver. Recuperar a Liberdade. A essência, o bem-estar intrínseco :) que tenho a sorte de saber reconhecer como parte de mim. Para se estar Vivo, basta estar acordado e saber desfrutar da imensidão que temos dentro de nós.

Em 2014 quero voltar a sentir-me viva, seja lá de que modo for. Porque não, não “temos que cá andar”… Mas eu gosto de estar viva a sentir-me bem.

Investir no silêncio e na quietude que nos permite o encontro com a verdade, com o pleno, com o natural de que somos feitos e fazemos parte, é bom e o melhor que temos para partilhar :)

2 + 0 + 1 + 4 = 7 * :) que se reencontre a “Magia” :)

*Aventura*

IMG_8017Um ano (fez em Setembro)…  Soube, porque voltaram as abóboras : )

Passaram cerca de três anos desde que participei num fantástico curso de Agricultura em modo Biológico, teórico e prático, nos jardins-hortas do Museu do Traje em Lisboa. Andámos por lá um ano inteiro, todos os Sábados e pudemos acompanhar de perto, com as mãos na terra, todo o ciclo de uma horta biológica. Foi muito bom!

Há um ano, entre trabalhos meus, eu e o P. demos com um anúncio afixado, da Câmara Municipal de Lisboa, a informar que estava aberto concurso para o Mercado de Sapadores à entrada da Graça. Uma noite sem dormir a tentar perceber, nas informações da Câmara na net, entre preços e espaços comerciais anunciados, que negócio é que poderia ser viável aqui na nossa zona (moramos em frente ao mercado), para no fim me ter apercebido que para além de 2 lojas que dão para a rua, estavam igualmente a concurso 2 bancas/lugares de horto-frutícolas dentro do Mercado… (bancas da praça? Custos inferiores…, horário limitado do Mercado… Será?… Será que posso ser Mulher-da-Praça?…) : ) ó P., importavas-te? Concorri com o currículo que tinha : ) Nas classificações finais, muitos zeros… Ex: de 0 a 5 – “experiência na área”… : ) Ainda assim consegui alguns pontos e ganhei o Lugar Nº5 : ) que entretanto já tinha decidido ia ser de Biológicos.

Os três meses seguintes, nem queiram saber… Andei aterrorizada a olhar da janela de casa a pensar, mas que raio é que eu fui fazer. Finalmente, porque o prazo limite para validar o processo estava a terminar, lá arranjei coragem para à hora do almoço quando já todos se tinham ido embora, ir dizer olá à única velhota que ainda lá estava a arrumar as coisas e que me parecia menos assustadora… – Olá : ) sou a Joana, vou passar a estar no lugar nº5  : ), Enquanto isso toquei-lhe no braço antes que me virasse as costas… Rosnou-me literalmente… Medo! (mas o que é que eu fui fazer… ) – Não ligue! Ela não ouve nada, disse um senhor simpático que lavava o chão. Foi o primeiro a quem me apresentei e tratei de lhe explicar quem era e de o pôr à vontade quanto ao tratar-me por Joana e que o trataria também pelo nome… Muito simpático mesmo : ) mas até hoje ele é o Sr. A. e eu a Dona Joana : ) É assim que prefere. Percebi mais tarde que tanta intimidade ia parecer estranho : )

Um ano de histórias e mais histórias de vida partilhada todas as manhãs com mulheres na praça, algumas há 50 anos. Histórias de vida com clientes que aparecem avulso ou que voltam sempre, de todos os géneros e feitios e países : )

Histórias de rir muito, como a das peixeiras, em que uma arrasta outra até à minha banca, para me fazer ver que “Deus se tinha enganado e tinha dado o rabo que ela queria à outra :D – Vê lá Joaninha se não tenho razão?! Ou aquela outra vez em que a senhora velhota que me “rosnou” no primeiro dia e que agora é minha fã, porque volta não volta lhe dou abraços que a comovem, enquanto lhe grito ao ouvido, porque não me é indiferente ter a certeza que percebe o que lhe digo. É a T. e foi ela a minha única concorrente no concurso público ao Lugar Nº1 a que também concorri e que desejei na altura mais do que o 5, porque é o primeiro em frente à porta e parecia-me mais seguro, caso quisesse fugir dali para fora mais rápido… Ganhou-me a pontos, claro : ) É Mulher-da-Praça desde criança e assim ficou com o lugar nº1 e o nº2 que já era o seu – Tive medo, Joaninha… Não sabia quem é que vinha aqui para o meu lado… Se eu soubesse… A B. teve sorte contigo, até lhe fazes companhia : ) e és amiga das crianças… (tal como ela, que se derrete cada vez que vê uma). Um dia, logo no início, outra vez à hora de almoço, estávamos só as duas a arrumar as últimas coisas e grita ela: – ó rapariga chega aqui e ajuda-me! Tenho um vidro espetado no dedo há três dias e acho que está a ficar infectado. É melhor tirares-me isto. … Bem… Eu em nervos com a impressão que aquilo me fez, a pensar na responsabilidade e como é que tudo ia acabar. – ó T. mas tiro isso com quê? Não tenho agulha… Desinfectar?… (e agora? Ainda por cima desde que fiz 45 anos que o mundo, no raio de um metro de mim, de um segundo para o outro se desfocou todo… Isto não pode correr bem…) – Anda, vá lá, usa o alfinete que me prende a saia… As duas ao Sol, para onde a arrastei na esperança de ver melhor, com uma mão segurava-lhe a saia, agora sem o alfinete que estava na outra a tentar não asneirar e a tirar vidros de um dedo infectado…

As crianças podem entrar e aprender, tal como eu há um ano, a pesar na balança, fazer contas de somar e a escolher com entusiasmo o que querem comer : ) Escolhem quase sozinhos o que levar e o que normalmente não gostam de ver no prato, passa a ser bom porque escolhido por eles : ) – É giro o escritório da Joana, confessou um dia um rapazinho mágico à mãe : )

Um ano a aprender o nome das coisas e o tempo a que pertencem. Os cheiros dos legumes e frutos, o quanto duram, os sabores e o que nos oferecem de Vida… Saio de casa todas as manhãs de avental e atravesso a rua : )

O P., apesar de estar toda a semana noutra aventura que é a sua, aos Sábados, todos, lá tem estado comigo de avental, inscrito oficialmente como “moço” : )

Por sorte já me sinto em casa : ) Na primeira semana a senhora ao meu lado a B. (65 anos) esteve muito quieta e reservada, na segunda começou a dizer palavrões, muitos! :D Percebi que estava e ia tudo ficar bem. É uma mulher do Norte e tem sido uma grande professora/amiga com tudo o que sabe e que me vai ensinando. Foi ela que me ensinou a fazer caldo verde à mão : ) – Eu não sou malcriada, declarou-me ela um dia com ar espantado. – Sou só asneirenta! :D

Aprender muito : ) informar-me, cruzar experiências, sentir… Viver.

O nosso querido e talentoso amigo Paulo Braga bisbilhotou-nos e ofereceu-nos o vídeo do Lugar Nº5 : )

Vénia

Tem legendas em Português.

Maturidade e Amor

maturidade

http://www.mariawalnut.com/

Este ano o presente de Natal é para as três e o prazer que me dá está todo no meu coração de mãe, que é um dos melhores corações que tenho. Imaginá-las as duas juntas a rir… Só uma com a outra, abraçadas também a mim. É bom, muito bom.

Pulga

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1- O meu Avô era forte. Reparo agora, nas memórias, o quanto provavelmente saberia ter fúrias caso não tivesse sido tão poucas vezes contrariado. Era forte, eu achava-o poderoso, seguro e admirava-o por isso. E se é verdade que nunca tive medo dele, também nunca o senti feliz. Talvez bem disposto e satisfeito muitas vezes, mas nunca feliz.

Chamou-me Pulga quando nasci, nome que carreguei em exclusivo durante dez anos, provavelmente como resultado de um capricho colectivo de lhe quererem e poderem agradar e garantir-me também num qualquer sentido seu. Era vaidoso de si e tinha razões para isso. Temiam-no, nunca percebi porquê e fascinava-me tantas vezes olhar para as pessoas e vê-las representar papeis que ao longo dos anos tinham resultado melhor para cada um, onde o centro parecia sempre ele. Prestava-me pouca atenção mas ainda assim fiquei com a sensação de ter sido uma privilegiada, enquanto criança, nas vezes que lhe conseguia arrancar um esgar-sorriso-de-lado-de-admiração, principalmente pelo atrevimento/coragem e liberdade com que o enfrentava quando queria ter graça aos seus olhos, aos olhos dos outros. Um dia atirou para o ar com voz de discurso, – esta criança vai chegar longe! Tão sentido, que acreditei.

Depois noutro dia alguns anos mais tarde, apanhado no meio de uma discussão, saiu de braços caídos, depois de lhe dizer que gostava que ele tivesse sido um avô de outra espécie… Mais de mimo… A minha avó que, no seu silêncio, afinal tinha sido sempre ela o centro, tinha morrido e ele estava velho e decididamente não o senti feliz.

Era médico e deles dizia: – Quanto mais especialistas mais bestas! Ainda hoje acredito :)

2- Parece o presépio”. É gira a foto. É.

Sol

No passado Sábado, o homem-da-praça andou a acompanhar Sonhos de Natal em modo de cânticos, crianças e animais, aldeias e sei lá que mais. Entretanto no Mercado manhã boa, cheio de amigos-fregueses mas sem ele.

Hoje, 2ª feira, dia de Folga, desta vez dos dois. Está Sol :)

:D

– Nunca comi tanta folha “velha” na minha vida… :/

– Nunca comeste tanta folha na tua vida, ponto. :)

os 5 Ritos Tibetanos

5ritos

Há anos que luto com a minha “dissonância” em relação à não pratica de ioga. Quando comecei a ler sobre o assunto pareceu-me tudo certo, importante e por isso bom e natural adotar na minha vida uma pratica física e mental assim. Entretanto o facto de ser a pessoa com menos elasticidade em alguns movimentos, que conheço, atrapalhou as coisas. Ainda me inscrevi numa aula, mas na verdade, era uma miúda… Faltava-me ainda muita vida muito caminho para que pudesse integrar uma “arte” com tão grande alcance. Os anos passaram, as provas-lições também e eu continuei a interessar-me pelo assunto e a extravasá-lo em associações mentais que faço com tudo o que me rodeia e me toca.  Há cerca de 3 anos ouvi falar nos 5 Ritos Tibetanos. Entusiasmou-me o facto  de serem simples de executar sem grandes contorcionismos mas continuava a faltar-me a disciplina necessária para que existisse consistência boa. Mais provas, mais de mim, mais dos outros. Voltei a fazer nova tentativa numa aula de ioga. Desta vez descobri-me crescida e não fosse o horário e quem sabe ainda a questão agora mais pertinente da disciplina, teria continuado.

Voltei a tropeçar nos 5 Ritos e lembrei-me do que deles sabia, agora crescida. Começámos hoje :) Com hora marcada, todas as manhãs, antes do peq. almoço. Aos fim-de-semana em horário livre. A dois, porque disciplina tem ele e gosta :)

Imprimiu a imagem que aqui vêem. Esta primeira semana cada rito 3x. Parece pouco mas é mesmo assim. Na segunda cada rito 5x e sucessivamente até termos uma sequência dos 5 ritos 21x cada :)

– Pareceu-me bem… – É até quando? Aos 120 anos, não é? Ok eu vou continuar. E tu, nem te atrevas a pensar em desistir.

– :D |Estou feita|

:)

“A primeira coisa importante que me ensinaram quando entrei para o mosteiro foi de que o corpo tem sete centros de energia. aos quais os hindus dão o nome de chacras. Trata-se de campos eléctricos, invisíveis ao olho humano, mas cuja existência é indiscutível. Cada um destes centro existe a par de cada uma das setes glândulas do sistema endócrino que estimulam a produção de hormonas. São essas hormonas que regulam todas as funções corporais, incluindo o processo de envelhecimento. Num corpo saudável, esses “vórtices” giram a uma certa velocidade, permitindo que a energia vital, também chamada “prana” ou energia “eterea”, flua para cima por intermédio do sistema endócrino. Mas, se um ou mais desses centros começa a diminuir a velocidade de rotação, o fluxo de energia vital fica inibido ou bloqueado – e disso resulta o envelhecimento ou doença.

O modo mais rápido de se recuperar a saúde, vitalidade e juventude é fazer esses centros de energia voltarem a girar normalmente. Existem cinco exercícios simples para tal finalidade.”

“Baseadas na hatha ioga um ramo de ioga de alongamentos mais suaves, as posturas dos 5 ritos tibetanos começaram a ser divulgadas por Peter Kelder no livro A Fonte da Juventude. Ele criou a técnica baseando-se nos seus conhecimentos de medicina oriental e de ioga. Ao começar a praticar os ritos, o mais importante é realizá-los diariamente para criar o hábito — sendo normalmente ao acordar o melhor horário. O efeito é cumulativo, portanto quanto mais se exercitar, mais benefícios terá. Os movimentos devem ser feitos com muita concentração e consciência corporal. “O bem-estar físico e mental é percebido já nas primeiras quatro semanas.”

“Não existe uma dieta específica para acompanhar os ritos tibetanos, mas Peter Kelder recomenda em seu livro a ingestão de alimentos naturais, a redução no consumo de carne vermelha e a importância em incluir na dieta fibras (frutas, verduras e legumes), porque ajudam o intestino a funcionar regularmente e também eliminam toxinas.”

Ficam aqui vídeos de pesquisas várias. A mim, para já, interessa-me primeiro dominar a parte dos movimentos (físico) e logo depois a respiração consciente e focada (mental). Quanto ao lado mais espiritual da coisa deixo para depois, quem sabe.

Passar pela vida…

pass

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Há tempos, com o alcatrão novo na estrada da escola, vieram novas passadeiras. Maiores, com piso especial, também a pensar nos invisuais. Ao que parece, segundo directivas europeias, até ao fim de 2012 têm que ser todas adaptadas… (as possíveis).

Entretanto, como não pintaram as riscas novas, temos andado em perigo, porque sinais verticais é coisa que a maior parte das pessoas não liga… Custa-me todos os dias ter de explicar às “minhas” crianças, a cada travagem selvagem, sem lhes condicionar demasiado o futuro de gente grande, que a maior parte dos adultos são praticamente iguais aos nossos antepassados menos civilizados, aqueles que estudo com alguns, os recolectores…

Finalmente vieram pintar as passadeiras. De manhã cedo, na hora de entrada nas escolas, polícias, máquinas, camionetas…

Ninguém organizou ou pensou (o que será isso?) o dia e o trabalho de toda esta gente? Não… O resultado ficou à vista. Como havia carros estacionados nas zonas das passadeiras, ficaram assim! Pintaram o que puderam. Muito criativos.

Os dias continuam e eu que penso e ajudo a pensar, lá vou explicando o inexplicável, também eu com muita criatividade e imaginação.

Já pedi a uma menina genial de 4 anos que caso um dia veja interesse nisso, por favor seja ministra da educação. Ao que parece tenho também de promover e garantir o futuro de outros ministérios… Muita responsabilidade, que “medo”.

:)

Homem na Praça: – nunca comi tanta folha “velha” na minha vida!…
Mulher na Praça: – nunca comeste tanta folha na tua vida… Ponto. Pff.

Mas entretanto

DSC_0488

no passado dia 18, casámo-nos :D

Os fotógrafos foram os 4 filhos, estávamos felizes também por olhar para eles :D

Brave

Só vi agora e por isso não foi no cinema. Ainda assim foi num ecrã grande com óculos de 3D. Companhia boa :)

Gostei tanto! O gozo que deve dar fazer um filme assim… :)

dia 1

pôr do sol

– Fechei a boca, estava em modo bulímico e este Verão, apesar de mais legumes e da fruta, engordei 4 kg.

– Vou perde-los num instante. Agora só entra pouco ou muito saudável.

– 40 piscinas, já está, amanhã há mais.

– Vou-me “salvar”, juro que vou.

– Daqui a 10 anos tenho que já estar a viver, em grande parte, como tenciono viver o resto da minha vida :)

– Ontem vi o zeitgeist, sim esse, aquele filme ou documentário que circula por aí. Já o tinha espreitado em tempos mas nunca o tinha visto todo, 2h40m. Realmente… e nem me interessam as considerações que se possam fazer.

– Eu cá vou continuar a viver o melhor possível, o que equivale a dizer o melhor que conseguir, num equilíbrio que não exclui o que entretanto vai podendo ser, mas decididamente numa medida cada vez mais sustentável das necessidades humanas, TODAS. No filme está lá a Biologia, claro, mas está também a parte que eu gosto que lhe retira grande parte de características deterministas.

– olhar assim para o todo enquanto propósito de vida é de facto o que me motiva.

– a Natureza com as suas leis, da qual fazemos parte, é uma ditadura que nos serve na perfeição :)

– Liberdade, para mim, é “apenas” a possibilidade de Sermos quem verdadeiramente somos a cada respirar.

– Ah, é verdade, vou também aprender a produzir batatas. Bio?Lógico! :)

am♥r

O que nos vale é que sou uma chata-muuuito-querida, o que nos vale é que vou tendo sempre graça.

O que nos vale é que tens uma paciência infinita, o que nos vale é que me vais achando graça na graça que tens.

Encosta-te a mim

(para ouvir com phones)

Encosta-te a mim,
Nós já vivemos cem mil anos.
Encosta-te a mim,
Talvez eu esteja a exagerar.
Encosta-te a mim,
Dá cabo dos teus desenganos
Não queiras ver quem eu não sou,
Deixa-me chegar.

Chegada da guerra,
Fiz tudo p´ra sobreviver, em nome da terra,
No fundo p´ra te merecer
Recebe-me bem,
Não desencantes os meus passos
Faz de mim o teu herói,
Não quero adormecer.

Tudo o que eu vi,
Estou a partilhar contigo
O que não vivi, hei-de inventar contigo
Sei que não sei
Às vezes entender o teu olhar
Mas quero-te bem,
Encosta-te a mim.

Encosta-te a mim,
Desatinamos tantas vezes.
Vizinha de mim,
Deixa ser meu o teu quintal,
Recebe esta pomba que não está armadilhada
Foi comprada, foi roubada, seja como for.

Eu venho do nada
Porque arrasei o que não quis Em nome da estrada, onde só quero ser feliz.
Enrosca-te a mim,
Vai desarmar a flor queimada,
Vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.

Tudo o que eu vi,
Estou a partilhar contigo, e o que não vivi,
Um dia hei-de inventar contigo
Sei que não sei, às vezes entender o teu olhar,
Mas quero-te bem.

Encosta-te a mim
Encosta-te a mim
Quero-te bem.
Encosta-te a mim.

nós123

espasmo

– cinema?

– não sei se me apetece…

– comer um gelado?

– não sei se me apetece…

– comer torradas na cozinha?

– …

– é o quê? Estás triste?

– … acho que estou cansada de ter medo da vida… cansada… da vida…

– mas está a correr bem… :)

– ♥ torradas fininhas de pão algarvio na cozinha e depois cinema parece-me bem :)

O Melhor *Pai* do Mundo e Arredores

Medalhas… Há quem goste delas na possibilidade de as exibir (é para isso que existem as medalhas) e garantir que não passam despercebidos os feitos.

Aprendo através de quem me quer bem, a reconhecer as diferenças, aprendo o verdadeiro sentido da tolerância no aceitar o que é dos outros, nem mais nem menos do que aquilo que é meu.

De medalha em medalha, o esforço, o empenho, a presença, a esperança, a alegria, a doçura, o equilibrio, a tolerância, o amor…

Aprendo e, reconheço a cada passo a cura, daquele que é o meu…

O Melhor Pai do Mundo e Arredores ♥

(ohomemdapraça)

pai

foi assim que o (re)vi pela primeira vez depois de 30 anos

decididamente,

acredito que é no sentir que temos de nós próprios, que se define a medida de com quem podemos desfrutar a vida. Depende por isso “apenas” do nosso crescimento e coragem para ser feliz. A fasquia, essa, aumenta :) Bom…

Matemática

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*1 +*1 = ♥

*Sarilho + *Sarilho = “Um-Caso-Sério”

(Homem e Mulher na Praça – Carnaval 2013 – Lugar Nº5)

“É giro, o escritório da Joana” ♥

m1

http://inventarparaencontrar.blogspot.pt/2013/02/happy-friday-mas-e-sabado-o-dia-de.html

Obrigada!

*laranjas com cravinho* e *laranjas “só” com canela*

SO(L)

não é de hoje.

O meu amor

Obriga-me a confiar, na certeza com que não prescinde de mim. Meu amor…

Luzes apagadas, vela e estrelas acesas. Sofá aberto, almofadas e manta, o aquecimento ligado perto. Eu de calças de pijama e camisolão num ninho no meio da sala. Televisão ligada baixinho, net, chocapicks e ice tea :) Hoje, em modo de adolescente.

O da Joana * a Mulher da Fruta

Já tive muitas “fases” na vida, tantas de “sobrevivência”. Numa delas, há cerca de 10 anos, fiz-me “Mulher das frutas e legumes”. A identidade posta à prova mais uma vez, desta vez das três… A responsabilidade enorme, do mais difícil e mais importante para mim, assegurar-lhes na certeza, não das palavras, mas dos gestos, que não precisavam ter medo (tanto o meu…), nem deixar de sonhar, e que é bom viver.

Ora cortavam a electricidade e eu fazia as ilustrações para uma revista à luz das velas, ora cortavam a água e os sorrisos-de-aguarelas nasciam do “luso”. Um romance chique, sorria-lhes eu…

Na urgência que tomava forma de permanência aos meus olhos pasmados, mas não assustados, por elas… A resiliência aos gritos a acudir as emoções também as delas que se queriam estimadas.

Era preciso comer, e tentar travar a escalada do descalabro. Faço o quê, assim tão rápido e tão de repente?

Chamei-lhe “O da Joana”, o novo serviço de entregas na “Sua(nossa) Rua”. Sabem?… A Vossa vizinha, a do Dálmata, vai escolher por si os legumes e frutos melhores (pena que ainda não se falava dos biológicos…) e entregá-los directamente em Vossas casas. O logótipo, as t-shirts azuis escuras, as fichas de encomenda, o conceito, o MARL às 5:30 da manhã (até aí nem sabia que tal sitio existia), onde fiz amigos da terra, sacos (k)raft, porque a estética conta, uma balança de bolos emprestada, uma máquina de calcular com um rolo de papel (sempre quis ter uma :), a arrecadação feita  armazém diário na logística das entregas, sorrisos, tantos, sempre por elas, também aos vizinhos, agora clientes, que as tinham visto crescer…

Passei a prova, mais uma. Não a do negócio, que o comemos literalmente, na pouca margem que não chegava, para tudo. Aquela das recordações das filhas que se lembram da fase tão difícil mas com alegria e a mãe uma Mulher da Fruta.

Que medo… Como será que O consegui disfarçar (até de mim…)? Até aquele das entrelinhas? Vender batatas e cebolas aos vizinhos?… Dei a cara, e tudo o que tinha. Tem sido sempre assim. Nem me passou pela cabeça ser posta em causa e por isso não fui. Tenho sorte!